Monday, April 30, 2007
Hoje quero parar na curva salgada de um beijo.
Quero um abraço, quero alguém que goste de mim.
Quero alguém que me telefone todos os dias,
que se preocupe comigo e fique feliz se eu não morrer.
Quero alguém que me recorde para sempre
com um sorriso nos lábios e um cometa nos olhos.
Hoje sinto-me sozinha e apetecia-me um abraço colossal.
Claro Obscuro
Do outro lado
há uma mulher de costas
Distante
muito perto
desdobrada.
Não sei o que fazer
para lhe falar
das trevas que ela colhe à sua volta
Vive escondida em mim
essa mulher de costas
cujo outro rosto meu
não posso ver
Há deste lado
uma luz de fim-do-mundo
Princípio
desde sempre
para mim
E a palavra luarenta que ela solta
causa vulcões que não entendo
à minha volta
Vivo escondida nela
também estou de costas
meu outro rosto seu
não pode ver.
Friday, April 27, 2007
Entrega
Quando percorro aquele caminho com os olhos
E a ausência de sons me lembra o quanto estou só
Penso em ti...
Quando desço a falésia,
Enterro na areia os meus desejos nus
E banho-me nas águas frias da saudade.
Então, sinto o teu corpo, que eu nunca vi,
Vestir-me de olhares quentes
Que me fazem perder de mim.
Quando, à noite, a lua me pede
Cálidos beijos, que eu não posso dar
Penso em ti...
E ...quando deitada na relva
As estrelas me espreitam
E me convidam
Sonho que me entrego
Sem pudores e medos
Inteira... a ti.
E a ausência de sons me lembra o quanto estou só
Penso em ti...
Quando desço a falésia,
Enterro na areia os meus desejos nus
E banho-me nas águas frias da saudade.
Então, sinto o teu corpo, que eu nunca vi,
Vestir-me de olhares quentes
Que me fazem perder de mim.
Quando, à noite, a lua me pede
Cálidos beijos, que eu não posso dar
Penso em ti...
E ...quando deitada na relva
As estrelas me espreitam
E me convidam
Sonho que me entrego
Sem pudores e medos
Inteira... a ti.
Tuesday, April 24, 2007
... a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a
tua voz
.... Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua
fala amorosa.
.... E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves,
das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz
serenizada.
Vinícius de Moraes
Friday, April 20, 2007
Entre as sombras
O gelo é frio e as rosas são vermelhas. Estou apaixonada. E este amor vai decerto arrastar-me para longe. A corrente é demasiado forte, não tenho escolha possível. Mas já não posso voltar atrás. Só posso deixar-me ir com a maré. Mesmo que comece a arder, mesmo que desapareça para sempre.
Haruki Murakami, Sputnik, meu amor
Haruki Murakami, Sputnik, meu amor
Wednesday, April 18, 2007
Sentir e pensar
Monday, April 16, 2007
Friday, April 13, 2007
Wednesday, April 11, 2007
Desalento
Sim, vai e diz
Sim, vai e diz
Diz assim
Que eu chorei
Que eu morri
De arrependimento
Que o meu desalento
Já não tem mais fim
Vai e diz
Diz assim
Como sou
Infeliz
No meu descaminho
Diz que estou sozinho
E sem saber de mim
Diz que eu estive por pouco
Diz a ela que estou louco
Pra perdoar
Que seja lá como for
Por amor
Por favor
É pra ela voltar
Sim, vai e diz
Diz assim
Que eu rodei
Que eu bebi
Que eu caí
Que eu não sei
Que eu só sei
Que cansei, enfim
Dos meus desencontros
Corre e diz a ela
Que eu entrego os pontos
Wednesday, April 4, 2007
E pronto, chegou a Páscoa, vou de férias ........
................................até já.
Aproveitem e vão também, mas até Braga (http://www.braga.com.pt/eveM_det.asp?evemid=101)
Tuesday, April 3, 2007
Dois
Dois...
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.
Pablo Neruda
Apenas dois.
Dois seres...
Dois objetos patéticos.
Cursos paralelos
Frente a frente...
...Sempre...
...A se olharem...
Pensar talvez:
“Paralelos que se encontram no infinito...”
No entanto sós por enquanto.
Eternamente dois apenas.
Pablo Neruda
Monday, April 2, 2007
Cansada
Às vezes, canso-me mesmo de ser como sou. Já não tenho paciência para mim. Sou intensa demais, observadora demais, aparentemente inteligente, mas, na verdade, sou mesmo muito burra. Falo com certezas que não tenho, agarro-me a teorias que só funcionam para os outros. Encontro respostas para toda gente, embora para mim só encontre perguntas. E depois pergunto-as aos outros e eles não sabem responder. Tou cansada. E quando fico cansada, fico irritada, e quando fico irritada, fico triste, e quando fico triste, fico sem energia, e quando fico sem energia não sei onde a hei-de arranjar.
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