Obrigado pelo vosso apoio...
ainda bem que correu tudo bem....
Friday, March 26, 2010
Wednesday, March 24, 2010
Thursday, March 11, 2010
Estou assim...
Estou triste hoje. Estou triste há dias. Estou triste desde que percebi que alguns sonhos, alguns planos, simplesmente escorreram pelas minhas maõs como se fosse água.
Wednesday, March 10, 2010
Friday, March 5, 2010
Friday, February 26, 2010
Tuesday, February 23, 2010
Monday, February 22, 2010
Friday, February 19, 2010
Nunca, por Mais...
Nunca, por mais que viaje, por mais que conheça. O sair de um lugar, o chegar a um lugar, conhecido ou desconhecido, Perco, ao partir, ao chegar, e na linha móbil que os une, A sensação de arrepio, o medo do novo, a náusea — Aquela náusea que é o sentimento que sabe que o corpo tem a alma, Trinta dias de viagem, três dias de viagem, três horas de viagem — Sempre a opressão se infiltra no fundo do meu coração.
Álvaro de Campos, in "Poemas" Heterónimo de Fernando Pessoa
Álvaro de Campos, in "Poemas" Heterónimo de Fernando Pessoa
Friday, February 12, 2010
Thursday, February 11, 2010
Desejo
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte, os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas de um beijo
E é de seda vermelha e canta e ri
E é como em cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejos...
E os meus braços se estendem para ti...
(Florbela Espanca - Charneca em Flor)
Monday, February 8, 2010
Monday, January 25, 2010
Namorados do Mirante
ELES ERAM mais antigos que o silêncio
A perscrutar-se intimamente os sonhos
Tal como duas súbitas estátuas
Em que apenas o olhar restasse humano.
Qualquer toque, por certo, desfaria
Os seus corpos sem tempo em pura cinza.
A Remontavam às origens — a realidade
Neles se fez, de substância, imagem.
Dela a face era fria, a que o desejo
Como um hictus, houvesse adormecido
Dele apenas restava o eterno grito
Da espécie — tudo mais tinha morrido.
Caíam lentamente na voragem
Como duas estrelas que gravitam
Juntas para, depois, num grande abraço
Rolarem pelo espaço e se perderem
Transformadas na magma incandescente
Que milénios mais tarde explode em amor
E da matéria reproduz o tempo
Nas galáxias da vida no infinito.
Eles eram mais antigos que o silêncio...
Vinicius de Moraes, in 'O Operário em Construção'
A perscrutar-se intimamente os sonhos
Tal como duas súbitas estátuas
Em que apenas o olhar restasse humano.
Qualquer toque, por certo, desfaria
Os seus corpos sem tempo em pura cinza.
A Remontavam às origens — a realidade
Neles se fez, de substância, imagem.
Dela a face era fria, a que o desejo
Como um hictus, houvesse adormecido
Dele apenas restava o eterno grito
Da espécie — tudo mais tinha morrido.
Caíam lentamente na voragem
Como duas estrelas que gravitam
Juntas para, depois, num grande abraço
Rolarem pelo espaço e se perderem
Transformadas na magma incandescente
Que milénios mais tarde explode em amor
E da matéria reproduz o tempo
Nas galáxias da vida no infinito.
Eles eram mais antigos que o silêncio...
Vinicius de Moraes, in 'O Operário em Construção'
Subscribe to:
Posts (Atom)