Na ausência do tempo, que ficou lá atrás, escondido entre séculos, perdido entre o passado e o futuro, abandono o corpo, e deixo a alma tomar outro rumo. Aqui, deixo ficar a imagem de mim, uma amalgama de moleculas abraçadas umas a outras, deixo uma suave fragrância da minha alma, que me identifica perante todos os que pensavam conhecer-me.
Laço a Lua, e trepo para ela, nas águas do lago, deixo os despojos de um outro eu, um barco solitário que navegou na deriva destas águas agora plácidas, outrora revoltas. O feitiço deste luar, dá a força que a minha alma precisa para se elevar. Já sem asas, porque o tempo as apagou como uma borracha sobre a folha escrita, preciso agarrar-me a esta corda, simbolo do cordão original que me trouxe até aqui, e agora me recolhe de volta à eternidade.
A meio do caminho, olho atrás, vejo o mundo, redondo, procuro encontrar os sinais que lá deixei, em almas espalhadas ao acaso. Vejo as sementes que plantei outrora nesta Terra fértil, que criei e vi nascer, que cresceram e se tornaram mensageiros. Uma lágrima de saudade desprende-se, chove, o mar tranquilo salpica-se de gotas de água salgada, uma última recordação, antes de voltar, olhar em frente e seguir, rumo a uma nova encarnação.
Laço a Lua, e trepo para ela, nas águas do lago, deixo os despojos de um outro eu, um barco solitário que navegou na deriva destas águas agora plácidas, outrora revoltas. O feitiço deste luar, dá a força que a minha alma precisa para se elevar. Já sem asas, porque o tempo as apagou como uma borracha sobre a folha escrita, preciso agarrar-me a esta corda, simbolo do cordão original que me trouxe até aqui, e agora me recolhe de volta à eternidade.
A meio do caminho, olho atrás, vejo o mundo, redondo, procuro encontrar os sinais que lá deixei, em almas espalhadas ao acaso. Vejo as sementes que plantei outrora nesta Terra fértil, que criei e vi nascer, que cresceram e se tornaram mensageiros. Uma lágrima de saudade desprende-se, chove, o mar tranquilo salpica-se de gotas de água salgada, uma última recordação, antes de voltar, olhar em frente e seguir, rumo a uma nova encarnação.
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