Tuesday, May 19, 2009

" um dia, quando a ternura for a única regra da manhã, acordarei entre
os teus braços.
A tua pele será talvez demasiado bela e a luz
compreenderá a impossível compreensão do amor.
Um dia, quando a chuva
secar na memória, quando o inverno fôr tão distante, quando o frio
responder devagar como a voz arrastada de um velho, estarei contigo e
cantarão pássaros no parapeito da nossa janela.
Sim, cantarão
pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa minha, porque eu
acordarei nos teus braços e nao direi nem uma palavra, nem o princípio
de uma palavra, para não estragar a perfeição da felicidade"

"in "a criança em ruínas" José Luís Peixoto

1 comment:

Unknown said...

por evzes é rpeciso saber fazer silencio e aproveita-lo bem..aproveitar a paz q o emsmo proporciona..beijos